quarta-feira, 13 de junho de 2007

SEM SINAL

 

Sem sinal, mas sem estresse

 

 

O silêncio do chip, a tela escura,

Nenhuma barra, nada de frescura.

O mundo lá fora, um burburinho distante,

Aqui dentro, a paz, um instante constante.

 

Sem pings, sem likes, sem notificações,

A mente livre de mil tentações.

O ar puro entra, a brisa me toca,

A vida real, que a tela sufoca.

 

O passarinho canta, a flor se abre,

Detalhes que o online quase não sabe.

O livro na mão, a conversa sem pressa,

Sem sinal, sim, mas sem nenhum estresse.

 

Desconectar é preciso, é vital,

Para o coração, um sinal especial.

Ainda que o mundo corra em disparada,

A minha calma aqui não é alterada.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

UM FLAGRANTE

 

30 setembro 2007

 

UM FLAGRANTE

 

porque houve a vontade de escrever
e guardar o instante
que se fazia em palavras
emoção
risos
e cuidados para que ele
não desconfiasse.

e as tantas frases
que permaneceriam ocultas
foram identificadas e traduzidas
e descobertas
as formas das imensas delicadezas
com que nos tratávamos

o descuido que tirou o escudo
dos instantes de cuidados
e quebrou as barreiras
do pecado oculto
custou-nos esses muitos
sofreres
com os quais agora nos remoemos.
.
Vicente
.
.
.
"in finita mente
(a partir de um "conceito" desgastado)
os seres
as coisas
tudo perecível
não cabe no instante
o amanhã:
é imenso.
.
Wilson Guanais
.
.
.

By Vicente às setembro 30, 2007

quarta-feira, 23 de maio de 2007

VOZES NO VENTO

 

Vozes no Vento

sussurros antigos
viajam sem rumo
levados pelo vento
que nunca se cansa

são vozes de tempos
que ninguém esqueceu
contando histórias
de quem amou e partiu

elas passam leves
tocam o ouvido
como um conselho
ou um chamado

no vento, escuto
a canção invisível
de quem viveu antes
e vive ainda em mim

terça-feira, 22 de maio de 2007

PRESENÇA SILENCIOSA

 

Presença Silenciosa

Não precisas falar alto
para que te escutemos
tua voz é semente
que brota no fundo
quando tudo cala

Tu és o Deus que se senta
à mesa dos comuns
que anda na poeira da rua
que se deita com os cansados
e vela o sono dos que choram

não te escondes nas alturas
mas desces —
ao meio da dor
ao centro da espera
ao instante em que ninguém vê

e mesmo quando tudo parece ausente
há um sopro
uma paz sem razão
um calor que não vem do sol

é ali que sabemos:
estás aqui

não por merecimento nosso
mas por misericórdia tua

SENHOR, TU ESTÁS NO MEIO DE NÓS

 

Senhor, Tu Estás no Meio de Nós

Não vieste de relâmpagos
nem de colunas de fogo
mas no leve aceno da manhã
no pão partilhado
no olhar que escuta

Tu estás —
não como quem visita,
mas como quem mora
no intervalo das palavras
no espaço entre um passo e outro

estás no cansaço das mães
na fé dos simples
no silêncio que consola
sem responder

estás quando tudo parece ausente
e mesmo assim o coração
não desiste de crer

Tu estás no meio de nós
como o centro de um círculo
como raiz no chão invisível
como brisa em tarde quente

não te vemos,
mas te sabemos
porque onde há amor,
acolhimento,
respiro,
Tu estás

ECOS DO SILÊNCIO

 

Ecos do Silêncio

No coração da noite,
onde as estrelas sussurram,
ecoam os segredos guardados,
dos sonhos que nunca foram ditos.

A brisa dança entre as árvores,
carregando murmúrios de almas,
narrativas perdidas no tempo,
que se entrelaçam nas sombras.

Silêncio profundo como um abismo,
onde cada pensamento ressoa,
como ondas suaves na areia,
formando formas que logo se vão.

E no vazio do não-dito,
encontro a beleza da incerteza,
um espaço onde o amor floresce,
mesmo sem palavras para nomeá-lo.

Ecos do silêncio,
sussurros da vida que pulsa,
na cadência do instante presente,
um convite a ouvir o que não se vê.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

INSÔNIAS

 INSÔNIAS

Escancarou-se a boca da noite,
a engolir-me em seus
deprimentes silêncios,
estilhaçando cristais.

Seus tentáculos sustentados
em minha garganta,
tirando-me a calma
e a alma.

Lá, não-sei-onde,
o badalar de não-sei-quantas
horas a avisar-me
que se avizinhava a manhã,
doentia,
grávida de sol.

Não é o tempo que não passa,
são os cães que não ladram,
as corujas que não piam,
o aquário que não borbulha,
(e os scotchs que não são mais
os mesmos,
definitivamente não são).

sexta-feira, 27 de abril de 2007

VERBO INVISÍVEL

 

Verbo Invisível

 

Eu sou a segunda pessoa do verbo não encontrado.

Tu, que jamais me conjugas,

que não me declinas em tempo ou espaço.

Sou a ação que não tem nome,

o movimento que escapa à gramática.

 

Não me cabes em pretérito,

nem em futuro.

Minha existência é um ponto

fora da frase,

uma vírgula suspensa

no silêncio da intenção.

 

Sou o pronome de um verbo que se esconde,

um sujeito de um predicado que sumiu.

E, ainda assim,

eu sou.

Ainda que invisível ao léxico,

sou a força que habita

o entre-linhas do que se pensa,

mas jamais se diz.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

AINDA ME LEMBRO

 

Ainda me Lembro

 

Era só uma palavra, um eco em dicionários,

Indelével.

Soava a promessa distante, a algo intocável,

Quase abstrato.

 

Mas aí você chegou.

E com o seu toque, um riso, um simples olhar,

O conceito se fez carne, vibrou no ar.

Não era mais teoria, nem verso empoeirado.

 

Indelével, ah, agora eu sei.

É a marca que sua pele deixa na minha, mesmo em ausência.

É o cheiro que teima em voltar, em qualquer brisa,

A melodia da sua voz, que me embala a alma.

 

É a certeza que, não importa o tempo,

As digitais do nosso amor não se apagam.

Nem poeira, nem chuva, nem mesmo o adeus,

Conseguem varrer o que a gente gravou aqui dentro.

 

Indelével.

É a tatuagem invisível da sua presença,

Feita de momentos, de silêncios partilhados,

De um entendimento que transcende o dito.

 

Finalmente com você, eu entendi.

Não é só uma lembrança que resiste,

É a essência de quem eu me tornei ao seu lado,

Uma parte de mim, para sempre, inalterável.

Indelével. É você em mim.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

FOTOS DE BARRA DO PIRAÍ - 2006


Essas fotos de Barra do Piraí foram publicadas no blog Barra do Piraí Através de Fotos, no ano de 2006.

ABADE - Associação Barrense de Deficientes - 2006

Área de Lazer Francisco Di Biase - "Esquina do Pecado"

Bairro Vila Suíça - e rio Paraíba do Sul

Trevo na BR-393 em Barra do Piraí, RJ

Vista aérea do centro de Barra do Piraí, RJ _ pelo Google Earth

Câmara Municipal de Barra do Piraí, RJ

Rua Dom Guilherme, Centro de Barra do Piraí, RJ

Cemitério Santa Rosa - Barra do Piraí, RJ

Central Sport Club - Barra do Piraí, RJ

Centro Municipal de Artesanato - Barra do Piraí - RJ

Chaminé - no Bairro Matadouro - Barra do Piraí, RJ

Chico, um cidadão barrense - 2006 - Barra do Piraí, RJ

Colégio Estadual Joaquim de Macedo - Barra do Piraí, RJ - 2006

Hospital da Cruz Vermelha - Barra do Piraí, RJ - 2006

Edifício Sol Nascente - Barra do Piraí, RJ - 2006

Edifício Portal da Barra - Barra do Piraí, RJ - 2006

Estação Ferroviária - Barra do Piraí, RJ - 2006

Estação Ferroviária - Barra do Piraí, RJ - 2006

Antigo Fórum Zótico Batista - - Barra do Piraí, RJ - 2006

Rio Piraí - Barra do Piraí, RJ - 2006

Catedral de Santana - Barra do Piraí, RJ - 2006

Obras na Praça Nilo Peçanha - Barra do Piraí, RJ - 2006

Novo Fórum - Bairro Matadouro - Barra do Piraí, RJ - 2006

Rio Paraíba do Sul - Barra do Piraí, RJ - 2006

Ponte Ferroviária - Barra do Piraí, RJ - 2006

Ponte Getúlio Vargas - Barra do Piraí, RJ - 2006

Igreja São Benedito - Barra do Piraí, RJ - 2006

Praça Pedro Cunha - Barra do Piraí, RJ - 2006

Praça Oliveira Figueiredo - Barra do Piraí, RJ - 2006

Rio Paraíba do Sul e Prefeitura de Barra do Piraí, RJ - 2006

Rio Paraíba do Sul e Prefeitura Municipal de Barra do Piraí e Edifício Portal da Barra

Rio Piraí e Prefeitura Municipal - Barra do Piraí, RJ - 2006

Primeira Igreja Batista - Barra do Piraí, RJ - 2006

Rio Paraíba do Sul - Barra do Piraí, RJ - 2006

Rio Paraíba do Sul - Barra do Piraí, RJ - 2006

Passagem Subterrânea - Barra do Piraí, RJ - 2006

Imagens de Barra do Piraí, RJ - 2006

Capturadas por Vicente Siqueira