terça-feira, 5 de setembro de 2017

sábado, 15 de julho de 2017

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O PESO DO AMANHÃ

 O Peso do Amanhã

 

O amanhã, invisível e vasto,

Um fardo que a mente carrega,

Antes mesmo que o dia se faça,

A ansiedade tece sua teia.

 

É a lista que não termina,

As contas que precisam ser pagas,

O "e se" que a mente destina,

Feridas que ainda nem são chagas.

 

Prende os pés no presente,

Embarga o riso que quer sair.

Faz do hoje um tempo ausente,

Um futuro que insiste em vir.

 

Mas o amanhã é um campo aberto,

Um papel em branco à espera.

A cor que eu pinto, o caminho incerto,

A chance de ser, na nova era.

 

E se o fardo virar leveza?

Se o passo for livre, e o olhar,

Buscar no agora a certeza,

Do que a vida pode me ofertar?

terça-feira, 20 de junho de 2017

DANÇA DAS SOMBRAS

 

Dança das Sombras

quando a luz se dobra
e o silêncio se espraia
as sombras se levantam
num balé de mistério

movem-se suaves,
entrelaçam-se no escuro
criando formas fugazes
de um mundo escondido

não há medo, só ritmo
uma dança antiga
que conta histórias
sem palavras, só gestos

nas sombras encontro
a liberdade oculta
de ser mais do que vejo
de ser além do claro

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O NOME QUE NÃO TE DEI

 O Nome que Não Te Dei

 

Há coisas que vivem sem etiqueta,

sem gaveta para guardar,

sem palavra que as contenha

em sua totalidade.

 

Tu és uma dessas coisas.

 

Não és amor, nem amizade,

nem familiar, nem estranho.

És a corrente invisível que liga

o que sou ao que sinto,

sem que o dicionário encontre termo.

 

Tentaram te enquadrar,

sussurraram definições,

mas a tua essência, vasta e livre,

escapa a qualquer forma fixa.

És o sopro, o silêncio que compreende,

a presença que não pede legenda.

 

E nesse não-nome reside a tua força,

a liberdade de ser o que se é,

sem o peso de expectativas,

sem o molde das convenções.

És a verdade nua,

o inexplicável que me faz sentir

mais viva, mais inteira,

justamente por não te dar

o nome que não te cabe.