Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
quinta-feira, 20 de junho de 2019
quarta-feira, 19 de junho de 2019
SOBREVIVER ÀS PERGUNTAS
Sobreviver às Perguntas
Não são só as respostas que pesam,
mas a avalanche de interrogações
que brotam da terra, do ar,
do silêncio mais profundo.
Elas chegam como maré cheia,
onda após onda,
cada uma trazendo seu grão de areia
de dúvida existencial.
Como respirar sob tanto "porquê"?
Como caminhar quando o chão
é feito de "e se"?
Não há abrigo, não há fim.
A luta não é para encontrar o porto,
mas para aprender a boiar
no oceano de "quem sou eu",
de "qual o sentido".
É um fôlego longo,
um músculo da alma que se estica
para não ceder ao abismo
aberto por cada nova questão.
E assim, entre um ponto e outro,
entre o abismo e o abismo,
eu aprendo a existir,
não apesar das perguntas,
mas por causa delas.
Sobreviver é a única resposta,
quando todas as outras
se recusam a chegar.
sábado, 15 de junho de 2019
VIDA SENTIDA EM CARNE VIVA
Vida Sentida em Carne Viva
E a vida sentida em carne
viva,
cada toque, uma pontada.
Não há escudo, não há pele
grossa,
apenas a exposição crua da
alma.
É como se os nervos
estivessem à flor da pele,
captando cada vibração,
cada sussurro do mundo.
O amor, quando surge, é um
incêndio;
a dor, um abismo sem fim.
Não há meios-termos, não
há tons pastéis,
apenas a explosão das
cores mais intensas,
pintando a existência com
traços fortes e violentos.
A sensação é tão real, tão
presente,
que a respiração se torna
um ato consciente,
uma luta para suportar o
que se sente.
segunda-feira, 10 de junho de 2019
sábado, 1 de junho de 2019
Foto de Barra do Piraí - RJ - Avenida Ramiro Jaime da Fonseca - Avenida Beira-Rio - 03-02-2018 - Vicente Siqueira
quinta-feira, 30 de maio de 2019
sábado, 25 de maio de 2019
quinta-feira, 23 de maio de 2019
RUAS EM SILÊNCIO
Ruas em Silêncio
Quando a
cidade dorme
as ruas se fazem silêncio
um silêncio que fala
em vozes mansas e pausadas
não há
pressa nem barulho
apenas o sussurro do vazio
e o eco das lembranças
que ficaram no asfalto
essas
ruas silenciosas
guardam os segredos do dia
os passos que não ouvimos
e os sonhos que ainda vêm
é no
silêncio da rua
que encontro a paz oculta
a promessa de um novo
amanhecer
O EFÊMERO TEATRO DA VIDA
Efêmero Teatro da Vida
Eu
me sento, espectador silencioso,
no
grande palco do mundo.
As
luzes mudam com o passar das horas,
o
cenário, a cada estação.
E
os atores, nós mesmos,
entram
e saem de cena,
em
um balé constante de chegadas e partidas.
É
o teatro efêmero da vida.
Eu
observo os figurinos, as máscaras,
as
expressões que mudam a cada fala,
a
cada passo.
Há
o drama, a comédia, a tragédia,
tudo
misturado em um enredo sem ensaio prévio.
As
cortinas se abrem e se fecham,
e
a cada ato, uma nova versão de nós surge,
moldada
pelas experiências,
pelas
dores, pelos amores.
Há
cenas que eu gostaria de pausar,
de
reviver em câmera lenta:
o
riso que explodiu sem motivo,
o
abraço que me aqueceu a alma,
o
instante de revelação que mudou tudo.
E
há outras que eu gostaria de apagar,
de
reescrever,
mas
o script não permite.
A
vida segue seu curso imparável,
e
nós, apenas interpretamos nossos papéis.
Eu
sinto a fragilidade de tudo.
A
beleza que desabrocha e fenece,
a
voz que se cala,
o
olhar que se perde no horizonte.
Mas
também sinto a força da impermanência,
que
nos ensina a valorizar cada aplauso,
cada
silêncio,
cada
respiração no palco.
E
ao final do dia, quando as luzes diminuem,
e
o palco se prepara para a próxima performance,
eu
me levanto, talvez um pouco mais sábio,
um
pouco mais consciente
de
que sou parte dessa grande peça sem fim.
E
a cada amanhecer,
a
cortina se ergue novamente,
e
eu estou pronto para o meu próximo ato,
nesse
teatro efêmero e maravilhoso que é viver.