Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
segunda-feira, 1 de julho de 2019
domingo, 30 de junho de 2019
sexta-feira, 28 de junho de 2019
PÁGINA EM BRANCO
Página em Branco
Não escrevi nenhuma
história.
Minha vida é um livro
de páginas lisas,
intocadas.
Nenhum enredo de aventura,
nem drama, nem riso alto.
As canetas secaram,
as palavras calaram
antes de virar tinta.
Sou o começo que não
explodiu,
o meio que não teceu,
o fim que nem chegou a ser
ponto.
Um rascunho de alma
sem linhas para preencher.
Mas talvez na ausência,
na tela vazia,
esteja a minha verdade.
A quietude de quem vive
sem precisar contar.
Onde a história é só o
sopro,
o ar que se respira,
e se dissipa sem deixar
vestígios.
terça-feira, 25 de junho de 2019
Foto de Barra do Piraí - Praça Nilo Peçanha - 10-01-2018 - Vicente Siqueira
sexta-feira, 21 de junho de 2019
O ÍRIS REVELA
O Íris Revela
A pupila, um abismo breve,
onde a luz se dobra,
e um universo de anseios
tenta escapar.
Verdes que marejam,
ou talvez a cor do lago
onde a lua se espelha,
guardando segredos profundos.
As pálpebras quietas,
a moldura de um sentir intenso,
testemunhas mudas
de histórias não contadas.
E nas linhas sutis ao redor,
o mapa de emoções contidas,
a promessa de um desejo
que a boca não libera.
Nesse instante fixo,
o tempo se detém,
e o olhar entrega a verdade
que o silêncio teima em esconder.
quinta-feira, 20 de junho de 2019
LUZES NA PENUMBRA
Luzes na Penumbra
no abraço
da sombra
pequenas luzes tremulam
faróis tênues que guiam
caminhos incertos
elas não
brilham alto
mas insistem em existir
revelando segredos
em meio ao silêncio
são
esperanças frágeis
que se recusam a sumir
pequenos faróis
em vasto mar escuro
a força da persistência
a certeza discreta
de que a luz nunca morre
quarta-feira, 19 de junho de 2019
SOBREVIVER ÀS PERGUNTAS
Sobreviver às Perguntas
Não são só as respostas que pesam,
mas a avalanche de interrogações
que brotam da terra, do ar,
do silêncio mais profundo.
Elas chegam como maré cheia,
onda após onda,
cada uma trazendo seu grão de areia
de dúvida existencial.
Como respirar sob tanto "porquê"?
Como caminhar quando o chão
é feito de "e se"?
Não há abrigo, não há fim.
A luta não é para encontrar o porto,
mas para aprender a boiar
no oceano de "quem sou eu",
de "qual o sentido".
É um fôlego longo,
um músculo da alma que se estica
para não ceder ao abismo
aberto por cada nova questão.
E assim, entre um ponto e outro,
entre o abismo e o abismo,
eu aprendo a existir,
não apesar das perguntas,
mas por causa delas.
Sobreviver é a única resposta,
quando todas as outras
se recusam a chegar.