A Tinta da Alma
Havia
um vazio, um espaço sem cor,
Onde
a palavra indelével flutuava,
Sem
âncora, sem o peso do real.
Um
conceito bonito, sim, mas distante,
Como
uma estrela que se vê e não se toca.
Mas
aí seus olhos cruzaram os meus,
E
um estalo, um choque de cores,
Fez
o abstrato descer, fincar raízes.
Não
foi preciso um juramento solene,
Bastava
a curva do seu sorriso, o jeito
Que
sua mão se encaixava na minha.
Indelével,
entendi agora.
É
o eco da sua risada nos dias cinzentos,
A
lembrança do seu abraço que me aquece a pele,
Mesmo
quando a distância tenta nos impor seu frio.
É
a melodia de um instante, que ressoa,
Para
além do tempo, sem se desmanchar.
Não
é um rascunho em papel efêmero,
Mas
a tatuagem que a vida quis em nós.
Marcada
não por dor, mas por amor puro,
Cada
detalhe seu, um traço firme,
Infundido
na fibra mais íntima do meu ser.
Com
você, a teoria se dissolveu na prática,
E
o dicionário ganhou um novo sentido.
Indelével
é o que somos juntos,
A
essência que permanece, viva e pulsante,
Mesmo
que o mundo tente apagar nossa luz.
É
a prova de que certas coisas
Não
se desfazem, nunca.
Você
é a tinta que coloriu minha alma,
E
fez o indelével existir.
6 comentários:
hummmmm
adorei os doces suculentos.
suculentos como os seus, não tinha provado ainda, rsssss.
muitos ....
poetamigo
rsssss
vc é demais amigos.
Com vc aqui tudo é bem mais legal, obrigada por td.
Sabe que to com muita saudades do blog, sem tempo pra ele,mas não sem tempo pros amigos.
Outros e outros
Vicente! "Estava eu posta em sossego..."rs, porque ninguém é de ferro, e não ando postando e nem comentando os amigos(férias bloguísticas...), quando vou dar uma olhadela rápida e vejo você no meu bloguinho!!! Caramba! Quase caí no teclado...rsrs Exageros à parte, pensei que você andasse longe!!!!!!!
Que delícia que está aqui, com a "doceria" em plena atividade!
E estou escondida (aqui)...porque não devia vir aqui e não ir aos demais...rs
Beijos, Vicente.
Logo voltarei.
Obrigada!!!!!! por tudo!
Dora
aiii
Se vc disse eu acredito...
Tb tenho um pouco de medo de mim, às vezes falo muito, deixo as pessoas acoadas...
Que bom saber que contigo foi diferente.
Muitos beijos amigo
Nao temer as palavras nao é fácil.palavras doces ,sao ótimas;palavras menos doce sao dificeis...mas palavras sao palavras e os poemas precisam de todas elas.Viajo pelos blogs e aqui e ali me encanto,me arrepio,me inqueito,me consolo,desconsolo,rio,quase choro...Sao as palavras(as ideias) que acabam abrindo a alma.Sem preconceito eu as recebo(nem sempre as minhas sao bem recebidas.Ossos do ofiício de poeta e humano!)Tudo bem>que tenham 3 a ouvir as bobeiras que digo...vai bem.Falar é exercicio de viver...difil,meu caro...mas nao temos outra arma tao poderosa como as palavras.Obrigadao pela força(sobreviver é comum aos poetas.)vou sobrevivendo.
Tá vendo amigo Vicente, você quase fez a Dora cair do teclado. Isso é bom, assim ela volta logo. MOntanhosoAbraço.
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