Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
sábado, 15 de julho de 2017
segunda-feira, 10 de julho de 2017
quarta-feira, 5 de julho de 2017
segunda-feira, 19 de junho de 2017
O NOME QUE NÃO TE DEI
O Nome que Não Te Dei
Há coisas que vivem sem etiqueta,
sem gaveta para guardar,
sem palavra que as contenha
em sua totalidade.
Tu és uma dessas coisas.
Não és amor, nem amizade,
nem familiar, nem estranho.
És a corrente invisível que liga
o que sou ao que sinto,
sem que o dicionário encontre termo.
Tentaram te enquadrar,
sussurraram definições,
mas a tua essência, vasta e livre,
escapa a qualquer forma fixa.
És o sopro, o silêncio que compreende,
a presença que não pede legenda.
E nesse não-nome reside a tua força,
a liberdade de ser o que se é,
sem o peso de expectativas,
sem o molde das convenções.
És a verdade nua,
o inexplicável que me faz sentir
mais viva, mais inteira,
justamente por não te dar
o nome que não te cabe.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
SILÊNCIO COMO ECO
Silêncio Como Eco
E o silêncio aqui dentro,
não é paz, é um eco.
O som das palavras não
ditas,
dos "talvez" que
nunca se concretizaram.
É a ressonância do
arrependimento,
um sussurro constante do
que poderia ter sido.
Cada oportunidade perdida,
um golpe que reverbera nas
paredes da alma.
Não há música, não há voz,
apenas o vazio que
responde a si mesmo,
um eco de "e se"
que se repete infinitamente,
preenchendo o espaço onde
a esperança morava.
sábado, 27 de maio de 2017
PROMESSAS RECONSTRUÍDAS
Promessas Reconstruídas
Eu reinvento promessas
quebradas.
Não as esqueço,
nem as jogo fora.
Pego os cacos, as pontas
soltas,
e com a argila do agora,
modelos novos começos.
Não é negação do que se
foi,
mas um teimar do que pode
ser.
No lugar da rachadura,
uma nova costura,
um desenho que antes não
havia.
Há quem diga que é ilusão,
que promessa morta não
ressuscita.
Mas em mim,
onde a fé é teimosa,
transformo o "nunca
mais"
numa chance que ainda
habita.
E assim, cada estilhaço
vira semente,
cada falha, um novo
caminho.
Porque em meu jardim
particular,
o que murchou pode sempre
florescer, de outro jeito,
mas com a mesma essência
de um amanhã que ainda
pulsa.
segunda-feira, 15 de maio de 2017
SÓLIDA SOLIDÃO
SÓLIDA SOLIDÃO
Meu
quarto inerte me deixa só,
e o frio (estúpido) se desprende da
vidraça fechada atrás das cortinas
de cetim amarelo-doentio.
Em meu
peito, meus braços me dizem
que já não suportam o vazio
que deixas quando não vejo nem toco
teus lábios.
Quisera
poder sugá-los
por todos os ângulos,
em todos os lugares:
em minha cama,
no cinema,
no drive-in,
em qualquer parque onde brotam
as vincas,
na rua,
na dura realidade do dia a dia.
Até sentir que não
morrerei
na (não nessa) solidão.