infinito menu
tenho mil opções
e nenhuma fome.
abro o aplicativo,
deslizo, escolho, cancelo.
repito.
a liberdade pesa
quando tudo parece possível
e nada parece certo.
o mundo me oferece caminhos
com algoritmos sorridentes,
mas cada decisão
é uma perda disfarçada.
fico parado,
não por falta de vontade,
mas por excesso de portas
sem chão visível atrás.
às vezes invejo o concreto,
o definitivo,
o que não dá pra desfazer com um swipe.
me sento no sofá
com a televisão ligada
só pra ter a sensação
de que algo está andando.
mas não sou eu.
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